Com a publicação do Projeto de Lei nº 75/2025, de autoria do Poder Executivo do município de Tietê, o exame dermatológico deixa de ser uma exigência para frequentadores de clubes em Tietê. Como sua eficácia era limitada – uma vez que tinha validade de seis meses e se concentrava em uma análise pontual, não garantindo a prevenção contínua – e agora não é mais obrigatório, o TEC também deixará de requerê-lo aos associados.
Deste modo, o controle adequado da qualidade da água e os cuidados individuais constituem as principais formas de prevenção contra doenças em ambientes aquáticos.
Medidas de controle da água das piscinas do TEC
1. Monitoramento do pH
O pH da água é mantido entre 7,2 e 7,8 para garantir a eficácia do cloro e outros desinfetantes, evitando irritações na pele e nos olhos dos banhistas. Segundo Otavio Foltran, químico responsável pelo TEC, esse controle é fundamental para manter a qualidade da água e o conforto dos usuários.
2. Desinfecção da água
Para manter a água livre de fungos e bactérias, o TEC adota dois métodos principais de desinfecção: a cloração, utilizada nas piscinas do parque aquático, e o tratamento à base de ozônio, aplicado na piscina aquecida.
“O sistema de geração de cloro do TEC é a base de sal (Cloreto de Sódio – NaCl), um método mais natural, porém tão eficiente quanto o industrializado. Além de reduzir odores na pele, ele minimiza o risco de alergias e ainda auxilia na repelência de insetos”, explica Otávio Foltran. “Outra vantagem desse sistema é a praticidade na formação do cloro e a redução do risco de armazenamento e dosagens erradas, evitando, assim, riscos de acidentes com o gás cloro”, acrescenta.
Já o tratamento com ozônio, como cita Otávio, é uma forma eficaz de desinfetante alternativo, especialmente em piscinas aquecidas, pois mantém sua eficiência mesmo em temperaturas mais elevadas. Esse método ajuda a eliminar contaminantes orgânicos e microrganismos, garantindo uma água mais pura e segura para os banhistas.
3. Controle da temperatura
A piscina aquecida é mantida entre 26°C e 32°C para garantir o conforto dos usuários sem criar condições favoráveis à proliferação de microrganismos. “Temperaturas elevadas podem favorecer o crescimento de organismos patogênicos”, alerta Foltran.
4. Filtração e Circulação da Água
Os sistemas de filtração operam entre 8 e 12 horas diárias, garantindo a remoção de impurezas. “A circulação adequada impede a formação de áreas estagnadas, que poderiam favorecer o crescimento de algas e microrganismos”, explica o químico.
5. Análises Regulares
Segundo Otavio, além do controle do pH e do cloro, o TEC realiza testes periódicos para monitorar outros parâmetros da água, como o ácido cianúrico (em piscinas com cloro estabilizado) e a presença de metais pesados e de algas, principalmente nas piscinas aquecidas, na qual o risco de proliferação pode ser maior devido à temperatura. Recentemente, também foi implementado o monitoramento da salinidade nas piscinas externas.
6. Uso Controlado de Produtos Químicos
O uso excessivo de produtos químicos é evitado para não causar desequilíbrio na água, danos à estrutura da piscina e irritações nos banhistas. “O controle rigoroso no uso de produtos é essencial para garantir a qualidade da água e o bem-estar dos usuários”, destaca Foltran.
7. Cuidados com o Ambiente Externo e Manutenção Preventiva
A limpeza das áreas ao redor das piscinas é essencial para evitar contaminação. O TEC adota práticas preventivas, como remoção de sujeiras, folhas e outros detritos, garantindo um ambiente seguro para os banhistas, e a verificação regular do sistema de aquecimento e dos equipamentos de filtração. A manutenção do fundo da piscina e a higiene de vestiários e áreas comuns também são contínuas no clube.
Cuidados Pessoais dos Banhistas
Embora o tratamento da água seja essencial, os frequentadores das piscinas também devem adotar cuidados pessoais para evitar doenças, principalmente em espaços compartilhados como vestiários, cadeiras, espreguiçadeiras e pisos. Entre as atitudes recomendadas estão o uso de chinelos em áreas externas e vestiários; a prática de tomar ducha antes e depois do banho de piscina; secar-se bem, evitando umidade excessiva, sobretudo nos pés; e utilizar toalhas próprias ao se sentar em cadeiras ou outros locais. Além disso, manter objetos pessoais em locais secos ajuda a evitar a proliferação de fungos e bactérias.
Seguindo essas recomendações, tanto a equipe de manutenção quanto os usuários contribuem para a preservação da qualidade da água e para a prevenção de doenças, garantindo uma experiência segura e saudável nas piscinas do TEC.